- Senhoras e Senhores Esponjas Falantes! Uni-vos! Vamos nos libertar dos tiranos crócratis e suas pílulas da sonolência! Viva aos bluberianos!
- VIVA!
- Alix nos salvará!
- VIVA ALIX!
Ela urrava para a multidão e as poucas pessoas, comparadas com a quantidade que ela enxergava, respondiam eufóricas no pátio do hospício. Mas tumultos assim são sempre contidos com seringas, agulhas e tranqüilizantes. Mesmo assim, ela não desistiu. Na quarta tentativa, foi submetida a tratamento de choque. Os diferentes urros, de dor agora, esfriaram qualquer sentimento dos outros presos.
...
Agora você entende como criar outro mundo pode ser a única forma de sobreviver.
...
- Gostou do seu presente? – Ela perguntou num tom triste.
- Muito. Que voz melancólica é essa?
- Ah... To meio cansadinha só, Fim...
- Já viu Judith hoje?! Ela sempre te anima...
- Vi, sim, veio me visitar. Acordei com ela, pousando sobre o meu nariz...
- Ah, Pequena, eu e Judith tempos uma surpresa pra você!
- E o que é?
- Uma flor de papel!
- Desse jeito mesmo, em cima de um canudo?!
- Sopra!
Ela me olhou de esguelha com um sorriso de menina levada e soprou. As pétalas de papel seda voaram e planaram feito borboletas até o chão.
- Viram borboletas! De onde você tirou essa idéia?
- Uma caixinha...
- Caixinha de quê? – franziu o cenho.
- Ham...
- Fala.
- De remédios.
- Você me prometeu que não ia trazer coisas do outro mundo pra cá!
- Eu sei... Eu sei...
- Ah, Fim...
- Belinha, ainda existem coisas boas...
- É que... Eu to tão cansada...
- Deita perto de mim?
- Deito sim.
- Bel?
- Oi.
Olhei bem dentro dos seus olhos.
- Você salvou a minha vida.
- Serafim... Você sabe muito bem que se eu sou chuva, você é vento.
- Isso torna os beijos temporais?
- Sim, temporais!
Enlacei-a pela cintura.
- Então hoje vamos fazer um temporal atemporal!
- VIVA!
- Alix nos salvará!
- VIVA ALIX!
Ela urrava para a multidão e as poucas pessoas, comparadas com a quantidade que ela enxergava, respondiam eufóricas no pátio do hospício. Mas tumultos assim são sempre contidos com seringas, agulhas e tranqüilizantes. Mesmo assim, ela não desistiu. Na quarta tentativa, foi submetida a tratamento de choque. Os diferentes urros, de dor agora, esfriaram qualquer sentimento dos outros presos.
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Agora você entende como criar outro mundo pode ser a única forma de sobreviver.
...
- Gostou do seu presente? – Ela perguntou num tom triste.
- Muito. Que voz melancólica é essa?
- Ah... To meio cansadinha só, Fim...
- Já viu Judith hoje?! Ela sempre te anima...
- Vi, sim, veio me visitar. Acordei com ela, pousando sobre o meu nariz...
- Ah, Pequena, eu e Judith tempos uma surpresa pra você!
- E o que é?
- Uma flor de papel!
- Desse jeito mesmo, em cima de um canudo?!
- Sopra!
Ela me olhou de esguelha com um sorriso de menina levada e soprou. As pétalas de papel seda voaram e planaram feito borboletas até o chão.
- Viram borboletas! De onde você tirou essa idéia?
- Uma caixinha...
- Caixinha de quê? – franziu o cenho.
- Ham...
- Fala.
- De remédios.
- Você me prometeu que não ia trazer coisas do outro mundo pra cá!
- Eu sei... Eu sei...
- Ah, Fim...
- Belinha, ainda existem coisas boas...
- É que... Eu to tão cansada...
- Deita perto de mim?
- Deito sim.
- Bel?
- Oi.
Olhei bem dentro dos seus olhos.
- Você salvou a minha vida.
- Serafim... Você sabe muito bem que se eu sou chuva, você é vento.
- Isso torna os beijos temporais?
- Sim, temporais!
Enlacei-a pela cintura.
- Então hoje vamos fazer um temporal atemporal!
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